Anos após a Revolução Industrial, ainda é possível sentir seus efeitos na nossa sociedade atual.
Em uma breve explicação, a Revolução Industrial tratou-se de um período em que diversas mudanças se sucederam na Europa, nos séculos XVIII e XIX.
Uma das principais mudanças foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII, grande parte da população europeia vivia no campo e produzia artesanalmente o que consumia. Em síntese, o processo de produção era dominado pelo produtor do início ao fim.
Apesar da produção ser predominantemente artesanal, países da Europa Ocidental como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas, sistema de produção com técnicas artesanais e divisão do trabalho, eram grandes oficinas onde os artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto, subordinados ao proprietário da manufatura.
Ao fim da revolução industrial, tínhamos uma sociedade com diversos avanços na tecnologia e nas linhas de produção.
E foram nestes avanços tecnológicos que chegamos ao ponto crucial.
Desde o final deste período conturbado e cheio de novidades, até hoje, outros efeitos afetaram nossa sociedade atual diretamente.
Um destes efeitos é o fácil acesso a uma grande variedade de produtos, informações e tecnologias que temos hoje em dia, além da migração em massa para as cidades e o fenômeno indústria 4.0.
Em palavras claras, é possível compreender a indústria 4.0 como um modelo de produção desenvolvido por empresas, quase uma quarta revolução industrial, que traz avanços significativos na relação entre homem e máquina.
A visão de futuro deste conceito acontece com a descentralização do controle de processos produtivos e proliferação de dispositivos inteligentes interconectados, ao longo de toda a cadeia de produção e logística.
Hoje, a indústria 4.0 é o que impulsiona diversos avanços nos processos produtivos, trazendo aspectos elaborados sobre o uso da tecnologia e elevando para um patamar acima do que estamos acostumados.
A primeira vez que a sociedade teve contato com este termo foi durante a edição de 2011 da Feira de Hannover.
Com a proposta de uma mudança significativa para o paradigma em relação a maneira como as fabricas operam, a iniciativa da indústria 4.0 foi patrocinada e incentivada pelo governo alemão e por empresas de tecnologia, universidades e centros de pesquisa do país.
É esperado que o impacto na produtividade da indústria seja equivalente ao que foi proporcionado pela internet em outros campos de aplicação, como em comércios eletrônicos e comunicações pessoais.
A realização da Indústria 4.0 implica na adoção gradual de tecnologias emergentes de TI e automação industrial, além da formação de um novo sistema de produção físico-cibernético, que tenha intensa digitalização de informações e comunicação direta entre todos tipos de sistemas, máquinas, produtos e pessoas. Este conjunto de tecnologias é conhecido também como Internet das Coisas.
A indústria 4.0 é, hoje, o que impulsiona uma série de avanços no processo produtivo, trazendo aspectos mais elaborados em relação ao uso da tecnologia, elevando o ideal de automatização para um patamar bem acima do que a indústria está habituada.
Em razão da sua íntima relação com propriedades como conectividade, inteligência artificial, data science, big data, IoT, machine learning e tantos outros, a indústria 4.0 impulsiona um fenômeno bastante amplo dentro das organizações, mudando a maneira como máquinas se comunicam e utilizam as informações para otimizar o processo de produção, o que o torna o mais econômico, ágil, responsivo e autônomo.
Este é um processo ainda em andamento, mas que promete gerar ambientes de manufatura altamente flexíveis e que sejam flexíveis também à demanda por produtos customizados, que cresce cada vez mais.
Para que a Industria 4.0 seja efetiva, é essencial o fortalecimento de um conjunto de padrões técnicos de comunicação e segurança. Com o fortalecimento deste conjunto, a troca de informações entre diferentes sistemas e dispositivos é assegurada, eliminando assim qualquer restrição.
28 de agosto de 2019
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