14 de junho de 2022
Indústria 5.0: benefícios para a construção civil
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Repensar a maneira como nos relacionamos com a sociedade e com o planeta de forma geral é uma pauta que só ganha urgência. Na construção civil, assim como em outros setores da economia, o escopo dessa discussão se ampliou e passou a ser tratado dentro do guarda-chuva do ESG (sigla em inglês para environmental, social and governance).

A adoção de princípios ESG na construção civil se faz ainda mais importante pelo fato de ser um setor que usa muitos recursos naturais, interfere no ambiente e emprega mão-de-obra extensiva. Como melhorar resultados, minimizando impactos negativos e, ainda, gerando efeitos positivos? Neste artigo, vamos entender a importância do ESG para a construção civil. Acompanhe!

Meio ambiente

O debate ambiental talvez seja o que primeiro ganhou força no setor de construção. Muito já se avançou nas metodologias para que o empreendimento cause o menor impacto possível no meio ambiente e ainda compense-os com outras medidas. 

Atualmente, muitas empresas adotam referenciais internacionais para o desenvolvimento sustentável de seus empreendimentos imobiliários, obtendo certificações, como os selos LEED, Aqua, Procel, Edge, Well, Fitwell, entre outros. 

Social

Na esfera social, o papel da indústria da construção é bastante consolidado, uma vez que o setor é um dos maiores geradores de emprego e renda. Em 2021, a construção civil registrou aumento de 150% na geração de novas vagas com carteira assinada, para os mais diversos perfis de escolaridade.

Também é preciso lembrar que cada novo empreendimento impacta a sociedade como um todo. Por isso, ele deve dialogar com o espaço no qual está inserido, provendo benefícios não apenas aos donos e ocupantes do imóvel, mas a todos que estão em torno do empreendimento.

Governança

Não existe mais escolha entre ser lucrativo e ser sustentável. Estudos mostram que investidores e consumidores já rejeitam marcas que não se preocupam com o impacto que geram.

Uma pesquisa da PwC (2022- The growth opportunity of the century – Are you ready for the ESG change?) com investidores mostrou que 77% dos entrevistados pesquisados planejam parar de comprar produtos não ESG em até dois anos. Segundo o mesmo estudo, a expectativa é a de que a abordagem sustentável atinja 60% do mercado de fundos na Europa até 2025.

Por isso, tornar-se uma empresa que segue princípios ESG começa por uma mudança cultural. É preciso, em primeiro lugar, que a alta administração da empresa esteja comprometida e engajada com o tema, o que deve ser demonstrado por meio da elaboração de uma política ESG que se desdobre em objetivos, metas, indicadores, diretrizes estratégicas e requisitos a serem atendidos nas dimensões ambientais, sociais e governança corporativa.

Portanto, isso vai exigir rever processos, costumes, políticas, leis e instituições usadas para administrar uma empresa, além de todo o sistema de monitoramento e de incentivo da instituição.

Interesses econômicos e sustentabilidade precisam caminhar juntos, não em direções opostas. A importância dos princípios ESG na construção tende só a aumentar, uma vez que a sociedade exige que cada empresa seja responsável pelos impactos que gera.

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A velocidade da evolução tecnológica é tão grande que qualquer empresa corre o risco de ficar obsoleta — e ser excluída do mercado — se não estiver atenta. Se há pouco tempo falávamos da indústria 4.0, agora já começamos a discutir a etapa seguinte, a indústria 5.0. Assim como ocorre em todos os setores, as inovações que estão surgindo trazem oportunidades também para a construção civil.

Neste artigo, vamos entender do que se trata essa nova revolução industrial, quais são os impactos que ela gera na construção civil e como o setor pode tirar proveito disso para inovar, melhorar processos, ter ganhos de eficiência e oferecer produtos cada vez melhores para o cliente e para a sociedade. Acompanhe!

Breve história das revoluções industriais

A primeira revolução industrial remonta a meados do século XVIII, quando a energia humana e a produção artesanal foram substituídas pelos novos processos de fabricação que funcionavam com o uso de água e vapor. Nessa transição, o setor industrial deu início à Indústria 1.0, mostrando que as máquinas produziam mais rapidamente e em maior escala. 

O segundo grande salto ocorreu por volta de 1840, com a chegada da tecnologia elétrica, que abriu espaço para máquinas mais eficientes e permitiu ganhos de produção ainda maiores. Já a 3ª revolução, entre as décadas de 1960 e 1970, foi marcada pelo advento da informática e da Tecnologia da Informação. Depois, nos anos 1990, a internet já permitia maior automação nas produções, mas ainda dependendo da intervenção humana. 

Hoje estamos vivendo a chamada Indústria 4.0, que tem como principal característica a conectividade, com integração e sinergia das novas tecnologias, como Internet das Coisas, Inteligência Artificial, Sistemas ciberfísicos, Big Data, Machine Learning, Computação em nuvem e Computação Cognitiva, entre outras.

A Indústria 5.0

Embora a transição da 3ª para a 4ª Revolução Industrial tenha acontecido há não muito tempo, já vemos uma quinta onda se aproximar. O que muda nessa nova fase? O foco, agora, passa a ser a colaboração, ou seja, a interação entre homem e máquina. Entre outras consequências, isso implica uma experiência de personalização ainda maior.

A tendência é que a indústria 5.0 alie o pensamento crítico e criativo do ser humano à precisão dos robôs. Na raiz desse conceito está a ideia de que a tecnologia não é o inimigo destruidor de empregos, mas uma grande aliada da sociedade, capaz de contribuir, por exemplo, para combater o envelhecimento, diminuir as desigualdades sociais, melhorar a segurança pública e resolver problemas causados por desastres naturais.

Para estarem preparadas para esse futuro, as empresas precisam investir e se transformar, tornando os processos e ambientes totalmente integrados digitalmente.

Benefícios para a construção civil

Uma das principais inovações da indústria 5.0 são os chamados cobots, ou robôs colaborativos, que ajudam a otimizar o processo de produção e a garantir a segurança do trabalho. Para a construção civil, esses são dois pontos cruciais. Os cobots podem executar tarefas mais braçais e perigosas, com ganhos de eficiência, além da redução de erros e acidentes.

Outra tendência da indústria 5.0 que tem diversas aplicações na construção civil é a manufatura aditiva. Também conhecida como impressão 3D, ela permite imprimir objetos por meio da sobreposição progressiva de um material. Entre as principais vantagens dessa tecnologia, estão o acesso a protótipos mais detalhados, mais agilidade na produção, redução de custos, maior versatilidade e personalização de produtos. Além disso, é uma alternativa mais sustentável, uma vez que utiliza menos materiais e processos na produção.

É verdade que o uso de impressão 3D na construção não começou com a indústria 5.0. Desde 2001, por exemplo, a prototipagem de peças 3D está sendo utilizada para acelerar a construção da obra de Gaudí, a Sagrada Família. Os detalhes construtivos artesanais da obra que fica localizada em Barcelona foram substituídos por peças 3D, o que permitiu a materialização dos detalhes construtivos em poucas horas e com precisão.

Ainda assim, os avanços tecnológicos dos últimos anos levaram o uso dessa tecnologia a outro patamar. No México, por exemplo, está em construção o primeiro conjunto de casas impressas em 3D para desabrigados. A New Story, organização filantrópica responsável pelo projeto, afirma que cada casa leva cerca de 24 horas para ser “impressa”, com esse tempo sendo dividido ao longo de vários dias.

No Brasil, a primeira casa desse tipo foi construída em 2020, em Macaíba, cidade da região metropolitana de Natal (RN). Com 66 m², tem dois quartos, sala e cozinha conjugadas, banheiro e área de serviços. A preparação do canteiro de obras levou uma semana, sendo que dois dias foram dedicados exclusivamente para a impressão. A redução de custos está entre as principais vantagens do novo método. Os idealizadores do projeto afirmam que, para a fase de levantamento de paredes, cada metro quadrado custou cerca de R$ 36, valor 20% menor do que o orçado para ser realizado da forma convencional.

Esses são apenas alguns exemplos dos benefícios que a indústria 5.0 pode trazer para a construção civil. A colaboração entre máquinas e humanos traz benefícios para todos os envolvidos, com ganhos de eficiência para as empresas e soluções inovadores e melhores para a sociedade e para o meio ambiente.

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